ensaio: olá, mundo, eu não sou especial
"a vida não tem sentido a priori. cabe a você dar-lhe um sentido, e valor não é nada além do que o sentido que você escolhe"
não há como negar que somos seres moldados por nossas experiências. possivelmente, sou apenas mais um capítulo na história de alguém, continuando uma sequência de relações que poderiam ter sido com qualquer outra pessoa. áspero mas verdadeiro. Sartre tinha razão. não somos especiais. somos um amontoado de escolhas e de circunstâncias. as coisas são como são. a existência precede a essência. tudo que somos é fruto do que escolhemos fazer com o tempo que temos. não há um um destino glorioso nos aguardando. mas podemos fazer existir um propósito para nós mesmos com o nosso tempo. somos pessoas tentando encontrar significado em um mundo duramente real e indiferente. essa é uma visão fria e racional de se adotar, mas parece se aproximar da verdade. as pessoas vivem tentando encontrar um amor ideal destinado a elas quando na verdade, são indivíduos tentando encontrar conforto umas nas outras. todo mundo quer ser amado. e se não formos, o que nos resta, então? uma solitude que pode acabar nos engolindo? opto por aceitar essa impermanência, essa ausência de significado pré-determinado, e continuar vivendo, tentando buscar momentos de bem-estar genuíno, mesmo que sabendo que eles são fugazes. no fim, a existência humana é assim: um constante esforço para construir significado em um universo que não nos oferece nenhum. Sartre, você tinha razão. e talvez aceitar isso seja o primeiro passo para encontrar uma paz sincera em meio à nossa insignificância.
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