labirintos e armadilhas: medos que sabotam.
23.10.24
o amor tem seu espaço e tempo. se pensarmos em cada pormenor que pode ser real e certo, nunca mais faremos nada. nunca mais estarei aqui no presente. não quero viver uma vida transitando em lapsos de tempo que não existem mais. o importante é fazer alguma coisa, construir algo. se for um erro, tudo bem, irei considerá-lo. eu preciso de mim.
a vida é como um labirinto, onde insegurança e dúvida se entrelaçam. cada passo, por mais hesitante, é uma chance de entender sentimentos e aprender que não preciso ser a primeira escolha de ninguém para ter valor. sou uma presença, e isso basta.
descobri que cada amor vivido tem seu espaço e tempo. é possível amar de formas diferentes sem o peso das comparações. relacionamentos são complexos, trazendo emoções que nem sempre entendemos. viver com a sombra do passado de alguém pode ser um desafio. por vezes, me questionei sobre meu lugar ao saber que ele já viveu outra história. o silêncio dele sobre o passado me fez sentir que havia algo não resolvido.
era como construir uma casa em um terreno já habitado. mesmo sem as fundações antigas, algo permanecia ali. percebi que minha insegurança não muda o passado dele e que meu valor não depende de ser a maior parte da vida de alguém.
construir um relacionamento é como erguer uma ponte sobre um rio. enquanto tentava atravessar, senti que sua relutância em se abrir criava correntes invisíveis. a tentativa de preencher o espaço deixado por outra pessoa me fez recuar, protegendo-me em um espaço seguro, mas isolado.
com o tempo, entendi que não preciso ser a pessoa mais amada na história dele. isso não define quem sou. cada amor vivido traz ensinamentos, e a vida é feita de encontros e despedidas. é possível que eu ainda ame alguém de forma mais intensa, mas, por enquanto, sigo reconstruindo meu mundo interior, onde a insegurança não tem lugar.
idealizar o futuro já foi mais fácil. hoje, percebo que relações são frágeis e promessas podem se quebrar. não quero ser apenas uma lição para ele, nem quero que ele seja só mais uma história para mim. mas, como humana, carrego medos. sei que eles fazem parte de todos nós, moldados por feridas antigas que ainda precisam cicatrizar.
o autoconhecimento me trouxe clareza. a autossabotagem é como uma maré que nos leva à deriva, acreditando que estamos no controle quando, na verdade, somos dominados por pensamentos confusos. aprendi que não posso controlar o que ele pensa ou sente. meu bem-estar não está preso ao passado dele ou à visão que ele tem de mim.
soltar as âncoras das expectativas é libertador. só eu posso me acolher plenamente. ninguém conhece minhas profundezas como eu. encontrar força dentro de mim é o que importa.
se o amor que construímos não for suficiente, não estarei perdida. sou uma viajante descobrindo a vida, pronta para novas experiências e amores, sabendo que cada um traz sua singularidade. o essencial é viver minha própria história plenamente.
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